Hey Coczinhos, eai?!
Eu preciso falar com vocês sobre esse filme estrelado pelo José Loretto: “Mais forte que o mundo”. Um filme tocante, intenso. Infelizmente, um triste retrato da realidade de tantas e tantas famílias espalhadas pelo mundo.
http://https://youtu.be/Du0GM7ARq1Y
Não real não vou falar exatamente sobre o filme. Vocês precisam assisti-lo, é simplesmente incrível; fora que dei boas risadas rs. Falarei aqui apenas dos pensamentos que ele me proporcionou. É bom que vocês assistam para tirar suas próprias conclusões, ok?!
Nós somos tão delicados, seres tão frágeis. Tem o trecho de uma música que diz “o que é a raiva se não meu lado mais sensível”, essa pequena frase tem um significado tão grande, tão forte que se tornou presente e respeitada em minha rotina.
Basta uma palavra, uma atitude, um descuido e estamos nós lá, diante de toda dor que determinados fatos, relatos, boatos e atos podem nos causar. Quanto mais sensíveis mais dor acumulamos.
Quantas vezes você já se sentiu oprimido, menosprezado, esquecido, envergonhado? Quantas vezes você se sentiu deixado de lado, se sentiu solitário, acuado? Esse sentimento de ameaça, de perigo, de medo, muitas vezes, vem do nosso próprio lar.
Este filme que conta a fantástica trajetória do campeão mundial de pesos pena do MMA, José Aldo, mexeu muito comigo. O filme é inspirador, motivador, questionador e diria até acolhedor.
Eu digo acolhedor pois você percebe que não foi SOMENTE você e sua família que passaram por dramas digno de oscar, infelizmente, esse mal acomete mais corações.
A violência doméstica não escolhe cor, raça, classe social, ela apenas se aloja em nossas vidas, sem pedir licença, chega machucando. Por mais que a gente se esquive dos golpes acabamos nocauteados.
Quantas lembranças dolorosas você guarda em seu coração? Quantas vezes tentou apagar da sua memória as imagens onde sua mãe aparece machucada, com dor, hematomas e até mesmo sangrando?
Tanta dor provocada pelas mãos pesadas do homem que deveria usar, essas mesmas mãos, apenas para acaricia – lá, para protegê – lá. Todos esses sinais, pelo menos na maioria dos casos, sumirão do corpo mas permanecerão gravados na alma da mulher, da família.
Portanto, se você já passou por essa dor, saiba que não está sozinho. Não tente apagar suas memórias, mesmo que sejam doloridas, pois elas são alicerces do seu caráter. Através delas você pode construir uma trajetória diferente, única; a sua história.
Seja um Aldo! Eu percebi que sou.Tire proveito do ódio, da mágoa, da dor, do medo. Transforme toda negatividade em boa energia, em boas atitudes. Seja um vencedor, seja um campeão, tenha um bom coração. Se esquive desse destino sujo, a poluição já tomou conta de muita gente.
O reflexo da violência doméstica é diferente para homens e mulheres. Mas, é fato, ele ocorre. Quem já viveu isso sabe exatamente o que estou expondo. Depois que toda brutalidade termina, nossos olhos e nossa memória guardam cada detalhe do ocorrido e o eco do ódio queima a alma.
Os homens podem acabar ficando agressivos iguais aos pais, afinal, foi o único exemplo que tiveram. As meninas levam o medo de assumir compromissos durante a vida toda, pensam que todos os homens são como seu genitor.
Se você é homem, às vezes, é envolvido por uma vontade enorme e incontrolável de devolver todos os socos e tapas em seu pai, eu sei, mas devolver toda essa incivilidade não irá te tornar diferente dele, portanto, recue.
Use essa mesma energia para acariciar a sua mãe, a sua irmã. Essas mulheres, sim, precisam de muito carinho, de muito respeito, de muito cuidado e proteção. Precisam de amor!
Só o amor é capaz de curar essa dor. Violência gera violência e lembrem-se: Só é lutador quem sabe lutar consigo mesmo.